terça-feira, 11 de março de 2008

Água dos EUA está contaminada com resíduos químicos

Nos Estados Unidos, uma investigação divulgada pela imprensa
mostrou que a água consumida por 41 milhões de americanos contém
resíduos de produtos farmacêuticos: anti-depressivos, antibióticos,
estimulantes e até hormônios.

Os americanos são orgulhosos da qualidade da água que bebem. "Já
bebi água de Nova York, Chicago, Los Angeles. Nunca tive nenhum
problema”, diz uma americana.

Nos restaurantes é comum o freguês pedir. “Um copo de água da
torneira. Por favor", pede um homem.

A pesquisa feita pela Associated Press em 24 áreas metropolitanas
dos Estados Unidos mostrou que a água que 41 milhões de americanos
bebem tem resíduos de remédios. Na Filadélfia, foram encontrados 56
produtos farmacêuticos na água, entre eles, remédios para dor,
colesterol, asma e doenças mentais. Em São Francisco, foi encontrado
hormônio.

Em Nova York, o teste foi feito nos rios e lagos que abastecem o
estado. Foram encontrados 16 medicamentos, como remédio para o
coração, anti-inflamató rios e tranquilizantes. Segundo os
pesquisadores, o tratamento que a água recebe antes de chegar aqui
não consegue retirar todas essas substâncias.

Um dos pesquisadores explica: "se a pessoa tem uma dor de cabeça e
toma um remédio, somente uma porção dos ingredientes é absorvida pelo
corpo. O resto é expelido".

O remédio então vai para a água, que passa por vários processos de
tratamento, antes de retornar para as torneiras. Em um lago no estado
de Nevada, foram encontradas mutações nos peixes que podem estar
ligadas a esse tipo de contaminação.

Os especialistas alertam que as substâncias foram encontradas em
quantidades tão pequenas que não têm efeito imediato no ser humano.
Mas ainda é preciso estudar os reflexos a longo prazo.

Fonte: Jornal Nacional - TV Globo - 10/03/2008

sexta-feira, 7 de março de 2008

Ministros do STF dão esperança aos pacientes

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta quarta-feira (05) que os votos dos ministros Carlos Brito e Ellen Gracie, ao julgarem improcendente a Ação Direta de Inconstitucionalida de (ADI 3510) que questiona a Lei de Biossegurança, dão esperança aos pacientes brasileiros e à comunidade científica. Para ele, o Supremo Tribunal Federal deve decidir o mais rápido possível a constitucionalidade da Lei, encerrando de vez o desestímulo às pesquisas com células tronco embrionárias.

"Os pacientes e a comunidade científica brasileira continuam aguardando com expectativa a decisão final do STF. A esperança não pode morrer e a ciência não pode esperar", disse ele.

A suspensão do julgamento da ADI 3510 no STF, ajuizada pelo Ministério Público Federal, não interrompe a pesquisa com células tronco embrionárias no Brasil. Durante o julgamento, o ministro Menezes Direito pediu vistas dos autos, adiando a conclusão do julgamento, sem data para a realização. A ADI questiona a compatibilidade do artigo 5º da Lei de Biossegurança (Lei 11.105 de 2005) com a Constituição Federal. Diz o artigo:

"Art. 5º É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:
I – sejam embriões inviáveis; ou
II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.
§ 1o Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.
§ 2o Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa.
§ 3o É vedada a comercializaçã o do material biológico a que se refere este artigo e sua prática implica o crime tipificado no art. 15 da Lei no 9.434, de 4 de fevereiro de 1997."

Na leitura de voto – quase que poético – em que julgou totalmente improcedente a ação, o relator, ministro Carlos Brito, considerou que a incompatibilidade da lei com a Constituição federal deve ser rechaçada. De acordo com Brito, o argumento de que esse dispositivo legal atenta contra o direito à vida, garantido pela Constituição, não se refere a embriões humanos. "(A Constituição Federal) Quando se reporta a direitos da pessoa humana, livre exercício dos direitos, está falando de direitos e garantias do indivíduo-pessoa, gente. Um ser humano nascido e que se faz destinatário dos direitos fundamentais", disse.

Para ele, a Lei de Biossegurança não constitui desprezo pelo embrião nem "frio assassinato", mas uma firme disposição para "encurtar caminhos que possam levar à superação do infortúnio alheio". O ministro definiu que "vida humana, com atributo da personalidade civil, é o fenômeno que transcorre entre o nascimento com vida e a morte", e encerrou seu voto, ressaltando a garantia constitucional do direito à saúde e à livre expressão da atividade científica.

A ministra Ellen Gracie, presidente do STF, antecipou seu voto, acompanhando o entendimento do relator pela improcedência da ação. "Não há vício de constitucionalidade na norma. O pré-embrião não se enquadra em nascituro, o que pressupõe a possibilidade e a probabilidade de vir a nascer", votou. O ministro Celso de Mello não votou. Elogiou o voto do relator, chamando de "aurora de um novo tempo" ao trazer "esperança aos abatidos pela incerteza". Mello afirmou que o voto do ministro Carlos Brito "restaura certeza de que milhões de pessoas não sucumbirão à amargura das patologias gravíssimas", disse ele.

Na defesa pela improcedência da ação, o advogado-geral da União, ministro José Antônio Tóffoli, lembrou aos ministros do STF dos riscos da proibição de pesquisas com célula tronco embrionárias no Brasil. "Se outros países conseguirem desenvolver tratamento para doenças graves a partir de pesquisas célula tronco embrionária, os brasileiros que não puderem viajar ao exterior, vão ingressar na justiça para que o SUS pague o tratamento", disse.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Opas entrega à Anvisa sistema de vigilância de medicamentos


O Brasil passará a contar com um sistema eletrônico para a notificação de problemas ocorridos com medicamentos. Nesta terça-feira (04) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá receber o módulo de notificações de eventos adversos para medicamentos, doado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O Brasil foi escolhido pela Opas para ser o pioneiro no uso desta nova ferramenta na América Latina. A cerimônia de entrega ocorrerá durante o Simpósio Nacional Notivisa – Um Novo Paradigma para a Vigilância Sanitária.

De acordo com a adjunta de diretor da Anvisa, Beatriz Mac Dowell, esse sistema será o principal instrumento da farmacovigilâ ncia nacional e possibilitará que profissionais de saúde, consumidores e indústrias notifiquem os eventos adversos ocorridos com medicamentos. A farmacovigilancia é o trabalho de acompanhamento do desempenho dos medicamentos que já estão no mercado. As ações da farmacovigilâ ncia são realizadas de forma compartilhada pelas vigilâncias sanitárias dos estados, dos municípios e pela Anvisa.

O módulo doado pela Opas permitirá que o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e, em especial, a Anvisa, possam elaborar alertas e tomar medidas sanitárias a partir de informações locais, estaduais e nacionais baseadas nas notificações recebidas. "A inserção desse módulo da Farmacovigilancia no Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária (Notivisa) fecha uma importante lacuna no sistema", explica Mac Dowell.

Para o representante da Opas no Brasil, James Fitzgerald, este é um avanço importante já que permite a participação ativa da população na notificação de eventos adversos ocorridos com medicamentos. "Sabe-se, que, quanto mais forte for o sistema nacional de farmacovigilância e de notificações, mais provável será que decisões regulatórias equilibradas sejam tomadas na liberação de novos medicamentos" , afirma.

Notivisa

O Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária (Notivisa) é um sistema informatizado em plataforma web, desenvolvido pela Anvisa para receber as notificações de problemas com os produtos sob vigilância sanitária. Medicamentos, vacinas, produtos para saúde, hemocomponentes, cosméticos, produtos de limpeza e agrotóxicos são alguns dos produtos cujos eventos adversos podem ser notificados.

As informações recebidas auxiliam no aperfeiçoamento do conhecimento dos efeitos dos produtos e ajudam na regulação do que é comercializado no país. Os dados também subsidiarão a identificação de reações adversas ou efeitos não-desejados dos produtos que não tenham sido identificados na fase de pesquisa do medicamento.

Informação: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

terça-feira, 4 de março de 2008

Pela união latino-americana

Si somos americanos,somos hermanos, señores;tenemos las mismas flores,tenemos las mismas manos.Si somos americanos,seremos buenos vecinos;compartiremos el trigo,seremos buenos hermanos.Bailaremos marinera,refalosa, samba y son;si somos americanos,seremos una canción.Si somos americanos,no miraremos fronteras;cuidaremos las semillas,miraremos las banderas.Si somos americanos,seremos todos iguales:el blanco, el mestizo, el indioy el negro son como tales.(Rolando Alarcón)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Novo Começo

Olá Compas!

Já que aqui na UFSC apenas começamos nossa gestão no CA, queria informar-lhes que já promovemos exposições de idéias dos estudantes do curso com os candidatos a reitoria e nesta semana vai rolar um debate sobre ENADE juntamente com o curso de Enfermagem !

Por enquanto é só isso a informar meus queridos!

E para terminar bem, gostaria de postar a frase que escolhemos para nortear nossa campanha, e agora, nossa gestão:

"Nada posso lhe oferecer que não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo além daquele que há em sua própria alma. Nada posso lhe dar, a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo."
Hermann Hesse

;*

domingo, 4 de novembro de 2007

...e uma pitada de poesia

Intelectuais Apolíticos
Por Otto Rene Castilho

Otto Rene Castillo.Um dia,
os intelectuais
apolíticos
do meu país
serão interrogados
pelo homem
simples
do nosso povo

Serão perguntados
sobre o que fizeram
quando
a pátria se apagava
lentamente,
como uma fogueira frágil,
pequena e só.

Não serão interrogados
sobre os seus trajes,
nem acerca das suas longas
siestas
após o almoço,
tão pouco sobre os seus estéreis
combates com o nada,
nem sobre sua ontológica
maneira
de chegar às moedas.
Ninguém os interrogará
acerca da mitologia grega,
nem sobre o asco
que sentiram de si,
quando alguém, no seu fundo,
dispunha-se a morrer covardemente.
Ninguém lhes perguntará
sobre suas justificações
absurdas,
crescidas à sombra
de uma mentira rotunda.
Nesse dia virão
os homens simples.
Os que nunca couberam
nos livros e versos
dos intelectuais apolíticos,
mas que vinham todos os dias
trazer-lhes o leite e o pão,
os ovos e as tortilhas,
os que costuravam a roupa,
os que manejavam os carros,
cuidavam dos seus cães e jardins,
e para eles trabalhavam,
e perguntarão,
"Que fizestes quando os pobres
sofriam e neles se queimava,
gravemente, a ternura e a vida?"

Intelectuais apolíticos
do meu doce país,
nada podereis responder.

Um abutre de silêncio vos devorará
as entranhas.
Vos roerá a alma
vossa própria miséria.
E calareis,
envergonhados de vós próprios.